" De qualquer forma, os relatos de Saint-Hilaire são muito relevantes e constitue-se numa importante fonte histórica para a caracterização dos climas regionais, como se pode notar pelas passagens transcritas de sua obra.
Em sua viagem da província de São Paulo ao Rio Grande do Sul entre 1820 e 1821, comenta que de julho até setembro, o inverno foi rigorosíssimo, quando as temperaturas estiveram abaixo de zero grau por vários dias. As geadas ocorriam quase todas as noites, e o volume de gelo era tal que a população juntava para fazer sorvete (Saint-Hilaire, 1974).
Relata um impressionante “furacão” que assolou a região das missões gaúchas em abril de 1821, quando por mais de 10 minutos destruiu tudo o que havia pela frente, causando enormes prejuízos. É evidente que se tratava de um tornado, de ocorrência frequente naquela região e no nordeste da Argentina.
Quanto ao clima de São Paulo, sugere ser o que mais convém a “nossa espécie” (se referindo aos europeus), pois os invernos, além de muito úmidos, eram bastante temperados Destaca a existência de dois tipos climáticos, o da planície e o do planalto, que seria mais saudável, inclusive porque propicia uma boa adaptação dos cultivos de frutas temperadas ".
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