quinta-feira, 30 de setembro de 2010

18 de março de 1967: Caraguatatuba registrava uma das piores tragédias do Brasil

Em 18 de março, o castigo veio do céu, um TSUNAMI invertido. O sol do meio-dia, tórrido, ardente, foi o prenúncio da chuva. A partir das 13 horas, o céu escureceu, e começa a chover, e a cada hora mais forte, e o temporal despencou, medonho, sobre a cidade. O ribombo de um trovão ecoou, mas, não foi um trovão, caiu uma tromba-d’água na serra, provocando uma avalanche, queda súbita e estrondosa da Serra do do Mar, arrastando, fragmentos de rochas, florestas e tudo que se encontrava pela frente, provocando uma enorme devastação, pegando a população de surpresa, na calada da noite, e transformando a cidade em um mar de lama, troncos e árvores retorcidas, casas destruídas.











).
Fonte: Jornal Última Hora/ Jornal do Brasil.

Sinais de chuva em Brasília



Parece que o pesadelo pode estar chegando ao fim , nesse começo de tarde é possível observar pelo radar de Gama várias áreas de chuva nas proximidades do Distrito Federal, e nas imagens de satélite as nuvens em cor branco brilhante indicam que as instabilidades estão intensas na região, e resta esperar para ver se chove hoje na região do Plano Piloto, trocando em miúdos, tem tudo pra chover hoje por lá.

Normais Climatológicas Belém INMET 1931-1960

Previsão Climática: Nem sempre dá pra confiar..........

Quando se fala em uma previsão climática, se refere ao comportamento do tempo ao longo de meses ou até anos. E como nas previsões do tempo, estas tendências climáticas são feitas por supercomputadores que fazem milhares de cálculos matemáticos e estimam como a atmosfera irá se comportar no futuro.
Uma grande parte dessas previsões climáticas tem um ótimo nível de acerto, porém como é uma previsão, por vezes ocorrem erros grotescos. Um exemplo é agora em setembro, onde previam chuvas dentro ou abaixo da média no centro sul do País, mas no entanto, várias partes do MS, PR e centro oeste e norte de SP estão terminando o mês com volumes acima dos 100 a 200% acima da média.
Aqui em Ribeirão Preto, por exemplo, a média histórica do mês de setembro varia entre 50-60mm, mas o acumulado registrado na cidade até agora varia entre 110-185mm, ou seja uma anomalia positiva que representa até 3 vezes acima da média, e em cidades do oeste paulista, como Presidente Prudente o acumulado do mês já é superior aos 300mm.
E eu não presenciei nenhum modelo ou instituto prevendo na previsão climática, feita em meses anteriores, essas chuvas acima do normal nesse mês de setembro, muito pelo contrário, diziam que seria o mês de setembro mais seco dos últimos anos, e se for se referir a um padrão seco, realmente nos primeiros 20 dias do mês quase ou praticamente nem choveu em várias partes, porém o volume registrado nos últimos 7 dias foi suficiente pra dobrar ou triplicar a média do mês.
Outra coisa na previsão climática, indicavam a entrada de três massas polares de forte intensidade aqui no Sudeste no mês de agosto, e que seria um mês gelado, mas o que se viu foi apenas uma de fraca a moderada intensidade no começo do mês, e no final das contas agosto terminou como um dos mais quentes dos últimos anos, com uma onda de calor tórrida na segunda quinzena do mês.
E em agosto do ano passado o erro foi enorme também, com relação as chuvas, previam que teria chuvas entre dentro e abaixo da média, e no entanto, só como exemplo, as regiões de Ribeirão Preto e São Carlos tiveram 500% de chuva acima da média, onde o normal para agosto é de chover entre 20-30mm, e acabou chovendo nesses locais entre 150-180mm, ou seja um equívoco gritante. E por isso quando se fala numa previsão climática que essa primavera  será mais seca que o normal no centro sul do Brasil, eu fico com um pé atrás, ou melhor com dois pés atrás...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Maiores chuvas capitais entre 2004-2007

Maiores chuvas( Capitais) em 24 horas

Ano 2004

06/01 VITÓRIA/ES 182,2mm

23/01 SÃO LUÍS/MA 118mm

27/01 TERESINA/PI 125mm

28/01 FLORIANÓPOLIS/SC 142mm

29/01 FORTALEZA/CE 180,6mm

17/02 MACAPÁ/AP 215,8mm

07/03 FORTALEZA/CE 162,5mm

07/03 NATAL/RN 104,4mm

22/03 RIO BRANCO/AC 113,8mm

15/04 RECIFE/PE 102mm

25/04 MACAPÁ/AP 134,2mm

01/06 MACEIÓ/AL 180,7mm

15/06 MACEIÓ/AL 119,2mm

18/06 RECIFE/PE 113,2mm

19/06 NATAL/RN 130,2mm

14/07 NATAL/RN 152,4mm

26/07 JOÃO PESSOA/PB 116,7mm

09/12 FLORIANÓPOLIS/SC 104,6mm



Ano 2005

04/02 RIO DE JANEIRO/RJ 106mm

28/02 BRASÍLIA/DF 110,7mm

15/02 PALMAS/TO 114,1mm

30/03 SALVADOR/BA 144,8mm

25/04 BELÉM/PA 200,8mm

29/04 BOA VISTA/RR 149,3mm

09/05 FLORIANÓPOLIS/SC 103,3mm

16/05 NATAL/RN 163,5mm

16/05 JOÃO PESSOA/PB 129,8mm

23/05 RECIFE/PE 130mm

25/O5 SÃO PAULO/SP 140,4mm

03/06 NATAL/RN 118,3mm

06/12 RECIFE/PE 141,1mm



Ano 2006

17/01 MACAPÁ/AP 171,3mm

28/01 RIO DE JANEIRO/RJ 103mm

06/02 MACAPÁ/AP 122,7mm

29/03 PALMAS/TO 132,5mm

01/04 VITÓRIA/ES 115mm

15/04 BOA VISTA/RR 105,6mm

21/04 SALVADOR/BA 110,6mm

30/04 NATAL/RN 128,9mm

01/05 FORTALEZA/CE 115,4mm

12/05 SÃO LUÍS/MA 116mm

16/05 MACEIÓ/AL 139,6mm

27/10 BRASÍLIA/DF 103,1mm

30/11 BELO HORIZONTE/MG 156,3mm



Ano 2007

08/02 SÃO PAULO/SP 103,3mm

04/02 SÃO LUÍS/MA 123,9mm

20/04 RECIFE/PE 118mm

29/04 MACAPÁ/AP 120,4mm

13/06 JOÃO PESSOA/PB 105,4mm

17/06 NATAL/RN 118,4mm

25/10 RIO DE JANEIRO/RJ 112,8mm

OBS: Todos os valores citados, são das capitais que tiveram chuvas acima dos 100mm em 24hs em cada ano.

Maiores chuvas capitais entre 2000-2003

Maiores chuvas( Capitais) em 24 horas

Ano 2000
 07/01 RECIFE/PE 117mm
13/01 SÃO PAULO(IAG) 117,1mm
26/01 PORTO VELHO/RO 104,9mm
05/02 MANAUS/AM 107,6mm
07/02 PALMAS/TO 109,5mm
11/02 PORTO VELHO/RO 114,2mm
14/02 ARACAJU/SE 137,8mm
18/02 SÃO LUÍS/MA 109,7mm   
14/03 CUIABÁ/MT 104,4mm
19/03 SÃO LUÍS/MA 159,8mm
09/04 RECIFE/PE 117mm
15/04 BELÉM/PA 133,7mm
20/04 MANAUS 154,4mm
26/06 JOÃO PESSOA/PB 168,2mm
27/06 NATAL/RN 184,8mm
01/08 RECIFE/PE 185,9mm
01/08 MACEIÓ/AL 141,5mm
17/09 RECIFE/PE 108,9mm
29/10 BRASÍLIA/DF 102,1mm
18/12 BELO HORIZONTE/MG 158,8mm
18/12 VITÓRIA/ES 130,4mm  


2001
12/03 SÃO LUÍS/MA 104,6mm
05/12 PORTO VELHO/RO 112mm

2002
08/06 RECIFE/PE 141,1mm
18/07 SALVADOR/BA 108,6mm
17/08 NATAL/RN 118mm


2003
21/01 PALMAS/TO 111,1mm
15/02 RIO BRANCO/AC 100,9mm
21/02 SÃO LUÍS/MA 144,4mm
22/02 MANAUS/AM 138,8mm
24/02 JOÃO PESSOA/PB 101,8mm
12/03 SÃO LUÍS/MA 121,7mm
18/03 RIO DE JANEIRO/RJ 151,3mm
04/05 SALVADOR/BA 107,6mm
05/05 SALVADOR/BA 112,2mm
06/05 PORTO VELHO/RO 100,7mm
15/06 JOÃO PESSOA/PB 103,4mm    

1983: Muita chuva no estado de SP

O ano de 1983 teve acumulados de chuvas significativos em boa parte do centro sul do país, e era verificado o fenomêno El Niño de forte intensidade, onde seus efeitos foram extremos no Brasil. No Nordeste a seca foi calamitosa e uma das piores da história com 89% dos municípios decretando estado de emergência devido a seca intensa. Mas o que foi mais marcante foi as chuvas no centro sul do Brasil que foi o ano mais chuvoso da história em muitas cidades.Em SC a cidade de Blumenau sofreu com enchentes catastróficas que deixaram 50 000 desabrigados e 38 000 casas atingidas, e no mês de julho desse ano de 1983 a precipitação mensal atingiu valores de até 900mm em alguns pontos do estado catarinense e dos 95 mil km quadrados de SC, 75 mil foram afetados pela enchente e 300. 000 ficaram desabrigadas no estado. Aqui no estado de SP as enchentes no Vale do Ribeira, rio Paraná e São Paulo deixaram segundo a defesa civil 32 mortos,86 cidades afetadas e 65 500 desabrigados.No litoral de SP nesse ano de 83 a cidade de Ubatuba teve 203 dias chuvosos,191 dias chuvosos em Santos, 235 dias em Cananéia, e 222 dias em Iguape onde no dia 6 de março choveu 219mm em 24 horas, e no dia seguinte 7 de março choveu mais 287,6mm.

E segundo informações do banco de dados do Daee as chuvas em Cananéia em 1983 acumularam:

jan 424,5mm
fev 356,7mm
mar 508mm
abr 231,6mm
mai 406,1mm
jun 217,5mm
jul 113,9mm
ago 18,6mm
set 259,2mm
out 200,2mm
nov 151,1mm
dez 373,1mm

E com isso nota-se a altíssima pluviosidade recorde nesse período, e em Eldorado no vale do Ribeira assolado por enchentes devastadoras choveu:

jan 383,4mm
fev 324,4mm
mar 306,6mm
abr 165,1mm
mai 285,3mm
jun 278,6mm

, e os meses de maio e junho de 83 foram meses de recordes absolutos de precipitação em várias cidades e aqui estão alguns dados:

Campinas
maio 281,3mm
junho 191,6mm

Itatiba
maio 309,2mm
junho 288,1mm

Ribeira
maio 272,7mm
jun 348,1mm

Itaquaquecetuba
maio 189,4mm
junho 214,1mm

Jaguariúna
maio 245,4mm
junho 151,1mm

Jundiai
maio 252,7mm
junho 248mm

Limeira
maio 302,7mm
jun 158,8mm

Bauru
maio 284,4mm
junho 166,4mm

Ourinhos
maio 248,4mm
Jun 221,1mm

Ribeirão Branco
maio 372,6mm
Junho 400,3mm

Vinhedo
maio 299,4mm
junho 227,1mm

Tietê
maio 238,1mm
junho 219,1mm

E vários valores são recordes que não foram superados até hoje, já que maio e junho são meses de pouca chuva, e no entanto em algumas cidades os valores somados passam de 500 mm e até 700mm e em uma média histórica normal não atingem na maioria nem 100mm os dois meses juntos e junho por exemplo costuma ter valores de apenas 20 a 50mm na maior parte dos anos, e outro recorde desse ano de 83 super chuvoso é os totais anuais que foram surpreendentes e recorde absoluto em muitas cidades .

Vejam alguns acumulados anuais verificados/cidade(média histórica anual) total acumulado mm ano de 1983:

Campinas(1370mm) 2 112,6mm
Holambra (1 323,6mm) 2172,6mm
Cosmópolis (1363,8mm) 1989,5mm
Americana (1331,6mm) 2017,8mm
Santa Gertrudes(1426,3mm) 2413,7mm
Ribeirão Preto( 1422,5mm) 2206,5mm

e outras cidades acumularam em 1983:

Bauru 1952,4mm
Rio Claro 2168mm

Na capital paulista o indíce acumulado anual foi de 2476,4mm no Horto Florestal e 2639,9mm! em Parelheiros, indíces dignos de zonas equatoriais, e o distrito de Barão Geraldo em Campinas acumulou 2619,1mm! e a distribuição mensal nesse local foi:

jan 326,7mm
fev 298,5mm
mar 461,1mm
abr 145,9mm
mai 253mm
jun 176,4mm
jul 41,9mm
ago 8,5mm
set 322mm
out 130,5mm
nov 133,7mm
dez 320,9mm

Na capital catarinense em julho de 1983 a precipitação mensal segundo o INMET foi de 513,6mm, muito acima da média histórica. Já no Nordeste foi um ano seco, e as precipitações anuais segundo o INMET foram de: 771,2mm em Natal, 959,2mm em Fortaleza, 883,7mm em São Luís.

Dias 27 e 28 de março de 2004 - Furacão Catarina: O primeiro furacão registrado na América do Sul






FURACÃO CATARINA

29/mar/2004 - 12h56 - Cientistas americanos, especializados em análise e previsão de fenômenos severos não tem mais dúvidas e afirmam que o ciclone extratropical Catarina, que atingiu a Região Sul do país era de fato um furacão categoria 1, na escala Saffir-Simpson, que mede a intensidade dos ventos dos furacões. Isso faz de Catarina o primeiro furacão extratropical conhecido e também o primeiro a atingir o Brasil.

Furacão Catarina é um dos vários nomes informais para um ciclone tropical do Atlântico Sul que atingiu a região sul do Brasil no final de março de 2004. A tempestade se desenvolveu a partir de um ciclone extratropical de núcleo-frio praticamente estacionário em 12 de março. Quase uma semana depois, no dia 19 de março, a perturbação remanescente seguiu para leste-sudeste, mas em 22 de março, a formação de uma crista de alta pressão deixou o sistema quase estacionário novamente. A perturbação estava numa região com excelentes condições meteorológicas, com baixo cisalhamento do vento e com a temperatura da superfície do mar acima da média. A combinação dos dois levou a uma lenta transição do sistema de um ciclone extratropical para um ciclone subtropical em 24 de março. A tempestade continuou a obter características tropicais e se tornou uma tempestade tropical no dia seguinte, enquanto os ventos se intensificavam gradativamente. A tempestade atingiu ventos máximos sustentados (1 minuto sustentado) de 120 km/h, equivalente a categoria 1 na escala de furacões de Saffir-Simpson, em 26 de março. Neste o ciclone ganhou informalmente o nome "Catarina" e também foi o primeiro ciclone tropical a ser registrado oficialmente no Atlântico Sul. As condições excepcionalmente favoráveis, extremamente incomuns no Atlântico Sul, persistiram e continuaram, e Catarina continuou a se intensificar, atingido o seu pico de intensidade, com ventos extraoficialmente de até 155 km/h em 28 de março. A tempestade atingiu a costa mais tarde naquele dia na altura da cidade de Torres, Rio Grande do Sul. Catarina se enfraqueceu rapidamente sobre terra firme e dissipou-se no dia seguinte.
Por Catarina ter se formado numa região que nunca, de acordo com registros fiáveis, tinha registrado a presença de ciclones tropicais antes, os danos foram completamente severos. Apesar de ser um evento meteorológico sem precedentes, as autoridades brasileiras tomaram as devidas ações e alertaram a população para a chegada da tempestade. A população acatou os alertas e avisos e deixaram suas residências ou decidiram enfrentar a tempestade seguros em suas casas. Catarina destruiu cerca de 1.500 residências e danificou outras 40.000. Os prejuízos econômicos foram grandes, especialmente na agricultura de banana, onde 85% da produção foram perdidos, e de arroz, onde 40% das plantações foram perdidos. Apesar da inexistência de uma estrutura de alertas e avisos de ciclones tropicais, apenas três pessoas morreram e outras 75 ficaram feridas devido aos efeitos de Catarina no Brasil, número considerado bastante baixo em comparação a outros países afetados por ciclones tropicais. O prejuízos econômicos causados por Catarina chegaram a 350 milhões de dólares americanos.

                             Classificação da intensidade do Furacão Catarina


Segundo Martins et al. (2004), a velocidade do vento e a pressão atmosférica oficialmente
medida foi de 146,7 km/h e 993 hPa, respectivamente, em uma estação meteorológica localizada
no município de Siderópolis. Os autores também apresentam outras medições realizadas em
Torres (RS), Laguna (SC), entre outras. Entretanto, ressalta-se que a estação de Siderópolis está
distante cerca de 50 km do local de maior impacto, ou seja, do local de passagem do olho (Figura
3). Nas entrevistas com os moradores da região, houve unanimidade em relação à não passagem
do mesmo sobre Torres e Siderópolis, onde estão as estações mais próximas da área de maior
impacto. Coch (1994) afirma que a velocidade dos ventos e os danos mais intensos sempre estão
associados à passagem e a proximidade do olho, além do que as pressões mais baixas são
registradas no interior do mesmo. Esta mesma observação é feita por Walton (1976), que
também menciona que a aproximadamente 25 km do olho ocorre normalmente uma queda
acentuada da velocidade do vento. Além disso, esta diminuição dos ventos na área de estudo
pôde ser confirmada pelo número de edificações danificadas e destruídas.
De acordo com a escala Saffir-Simpson, que é utilizada pela NOAA (
Atmospheric Administration
dos ventos, os danos referentes à classe 1 (ventos de 119 a 153 km/h), correspondem aos
destelhamentos, árvores derrubadas e galhos quebrados. Estas foram às características da classe
21
Baixa do Mapa de Intensidade (Tabela 1), onde está instalada a estação de Siderópolis.
Entretanto, a intensidade dos ventos no litoral foi radicalmente diferente desta que foi mensurada
próximo aos paredões da Serra Geral. Por exemplo, enquanto no litoral milhares de casas foram
danificadas e destruídas, no município de Siderópolis houve somente 50 casas danificadas e 1
destruída (Figura 13). Dias et al. (2004) comenta que devido à intensidade dos danos do litoral os
ventos podem ter atingido 50 m/s, que equivale a aproximadamente 178 km/h. Segundo Calearo
et al. (2004), esta intensidade dos ventos também foi registrada por um barco pesqueiro no dia
27/03/04 a cerca de 100 km da costa (29,30ºS e 49,30ºN). Neste dia, as 23:40 h, quando os
ventos mais intensos começavam a atingir a costa, em alto mar foram registradas rajadas com
Força 14, que podem chegar a 178 km/h.
Desta forma, na classe 2 da escala Saffir-Simpson, com ventos que variam de 154 a 177 km/h, os
principais danos observados são: grandes árvores tombadas, danos estruturais em telhados, casas
de madeira destruídas e presença de muitos projéteis (SIMPSON, 1974; COCH, 1994; FEMA,
2000). Estes danos foram amplamente observados na área de maior impacto que corresponde aos
municípios de Bal. Arroio do Silva, Bal. Gaivota, Passo de Torres, São João do Sul, Santa Rosa
do Sul e Sombrio. Outro exemplo que confirma tais observações foram os danos verificados nas
estufas de fumo. Em Bal. Arroio do Silva este tipo de edificação foi completamente destruída. Já
em Siderópolis foram identificados somente alguns destelhamentos. Isto também vem confirmar
que a intensidade do vento em Bal. Arroio do Silva foi bem superior ao medido em Siderópolis,
o que indica que a intensidade do fenômeno pode ser classificada como de classe 2. Além do
que, as características da classe 2 da escala Saffir-Simpson são extremamente similares ao da
classe Muito Alta do Mapa de Intensidade (Tabela 1). Assim, com base nos dados e informações
levantadas, o Furacão Catarina foi classificado como classe 2 devido a grande quantidade de
edificações danificadas e destruídas, que confirmam que a velocidade dos ventos podem ter
atingido aproximadamente 180 km/h conforme estimada “in loco”.


Federal Emergency Management Agency) e da Cruz VermelhaAmerican Red Cross), sendo traduzidas e adaptadas às condições geográficas
Monitoramento 'in loco'


No entardecer de sábado (27/03/04), às 17:45 h, a equipe chegou em Bal. Arroio do Silva. No
trajeto para este município também foram feitas observações nos municípios de Palhoça,
Garopaba, Imbituba, Laguna e Jaguaruna.
Em virtude dos alertas emitidos pela Defesa Civil, uma boa parte da população de Bal. Arroio do
Silva já havia saído do município. Este processo foi chamado de evacuação voluntária, visto que a
população era instruída, através de alertas, a visitar parentes e amigos localizados nas áreas
adjacentes ao provável local de impacto do Catarina. Estes alertas também forneciam informações
passadas sobre o que fazer antes, durante e depois da passagem de um furacão. As informações
foram obtidas nos sites da FEMA (
Americana (
catarinense pelos membros da equipe GEDN. Mesmo assim, muitos moradores foram à praia
almejando visualizar a nuvem funil, confundindo erroneamente com um tornado.
No momento da chegada, observaram-se nuvens cumulus congestus prenunciando a chegada do
furacão. O vento soprava do quadrante sul, em torno de 40 km/h (força 6), com rajadas mais
intensas. O mar apresentava ondas de até 3 metros, e o ponto máximo do estirâncio estava, em
média, a 70 metros das dunas frontais (Figura 4). Por volta das 19:50 h começou a chover, e o
vento continuava do quadrante sul, com rajadas mais intensas de aproximadamente 50 km/h (força
7). Às 21:15h, o vento atinge força 8, em torno de 60 km/h, do mesmo quadrante anterior.
Conforme a intensidade do vento aumentava, ocorria um empilhamento das águas na costa em
função do transporte de Ekman. Consequentemente, o mar avançava progressivamente, até atingir
pela primeira vez a duna frontal às 22:14 h.

Às 00:10 h do dia 28/03/2004 (domingo), os ventos atingiram força 9 (80 km/h) e a precipitação era
muito intensa. As estruturas de lazer situadas na praia (Figura 4) foram levadas pelo mar e a duna
frontal começou a ser erodida pelas constantes subidas da maré.
Às 00:36 h da madrugada de domingo (28/03/04), os ventos do quadrante sul atingiram força 10,
com velocidade em torno de 100 km/h, dando assim início ao período de danos mais intensos,
como a queda de árvores, placas, destelhamentos e o rompimento das linhas de transmissão
elétrica, com conseqüente queda de energia no município. À 01:00 h, os ventos do quadrante sul
continuavam em torno de 100 km/h (força 10), mas com rajadas de 120 km/h (força 12). Esse foi o
momento mais crítico da primeira parte do fenômeno. Houve destruição generalizada das
estruturas mais frágeis, como telhados de casas de madeira, pequenos galpões, queda de árvores
e postes, entre outros. A precipitação era intensa e aumentava com o aumento da intensidade dos
ventos. O mar havia avançado mais de 70 metros em relação ao início das observações,
ultrapassando as dunas frontais, atingindo as casas que estavam situadas na orla.
A passagem do “olho” iniciou-se à 01:15 h. Com isto, os ventos e as chuvas cessaram
abruptamente, as estrelas puderam ser vistas no céu e a temperatura aumentou
consideravelmente. Houve uma queda acentuada da pressão atmosférica, fazendo com que os
pesquisadores sentissem muita sonolência. Na calmaria, muitos moradores saíram em busca de
auxílio em virtude dos danos ocasionados pela passagem da primeira fase do Catarina, ignorando
os avisos emitidos pelas rádios de que os ventos seriam ainda mais fortes durante a segunda fase.
Às 02:48 h ocorre o fim da passagem do “olho”. Os ventos, agora provenientes do quadrante norte,
chegaram subitamente com grande intensidade, atingindo velocidade em torno de 180 km/h. O
barulho do vento era semelhante ao de uma turbina de avião, destruindo diversas estruturas
frágeis que haviam resistido à primeira fase do fenômeno, além de outras mais resistentes, como
as casas de tijolos e de alvenaria. Um orelhão de três cabines, que a equipe utilizava para entrar
em contato com a Defesa Civil, foi arrancado pela ação dos ventos. A temperatura diminuiu
drasticamente em relação ao “olho”, tanto que membros da equipe tremiam muito em função do
choque térmico. A visibilidade era muito baixa e a precipitação era extremamente forte.
Neste período, com a inversão da direção dos ventos, o transporte de Ekman agora se dava para
fora da costa, causando o rebaixamento do nível do mar. Às 03:15 h, a precipitação diminuiu
sensivelmente e os ventos contínuos do quadrante norte baixaram para aproximadamente 150
km/h. A partir deste momento, pôde-se observar um “achatamento” das ondas, com as águas
escoando para o sul, paralelamente à praia, com grande velocidade. As chuvas e os ventos
continuaram a diminuir gradativamente. Contudo, somente às 04:30 h os ventos diminuíram para
força 09, possibilitando o deslocamento de veículos que prestavam os primeiros socorros na região.
Às 05:15 h, a equipe chegou ao Corpo de Bombeiros de Araranguá, os ventos ainda continuavam
do quadrante norte com força 8, chovendo pouco. A partir das 07:00 h, a equipe deslocou-se para
outros municípios para realizar a pré-análise dos danos causados pelo Catarina.
Com base nesses dados, foi possível construir um gráfico com os valores de velocidade do vento
estimados para Bal. ( Arroio do Silva). Nota-se que ficou bem demarcado o momento da
passagem do “olho”, o que corresponde a um comportamento típico de ventos de furacão. Neste
município, o Catarina causou destruição generalizada, com a destruição parcial (destelhamentos) e
total de edificações, além da queda de árvores, postes e placas. Contudo outros municípios
catarinenses foram tão ou mais afetados, com destaque para Bal. Gaivota, Passo de Torres e São
João do Sul. Alguns municípios não tiveram tantos danos nas áreas urbanas, devido à diminuição
gradativa da intensidade dos ventos do litoral para o interior. Todavia, na área rural os danos foram
severos, pois as plantações de banana, e os cultivos de arroz e milho também foram seriamente
afetados.
National Oceanic and) para classificar os furacões com base nos danos e na intensidade

Sobre o frio em 17 de julho de 2000

Reportagem sobre a seca em 2000 no estado de SP

Vejam essa reportagem do Jornal O Globo em 31 de maio de 2000, mostrando que a seca estava intensa no período, podendo até ter sido superada pela seca em 1890, quando o estado paulista registrou a pior seca da história, com 175 dias consecutivos sem chuva, segundo o Cepagri.


31/05/2000
A pior estiagem desde 1890  SÃO PAULO.São Paulo Desde março não chove em algumas cidades paulistas. Na capital do estado, por exemplo, a última vez que choveu foi há 74 dias. E os meteorologistas alertam: chuvas significativas, com capacidade para encher reservatórios e represas, só vão acontecer a partir da segunda quinzena de setembro. Até lá, o Sudeste enfrentará a mais rigorosa estiagem dos últimos cem anos, com impactos sobretudo em São Paulo, com grandes chances de superar a marca de 1890, quando o estado ficou 175 dias seguidos sem chuvas entre março e agosto. 
- É certo que não teremos chuva até o fim de setembro. No máximo, alguns chuviscos sem conseqüências. Se considerarmos o período direto de estiagem, é a pior seca desde 1890 - disse Hilton Silveira Pinto, coordenador do Centro de Ensino e Pesquisa em Agricultura (Cepagri), divisão da Unicamp. 
A situação ainda é mais grave porque a estiagem este ano começou mais cedo (no fim de março) e o verão, uma estação chuvosa, registrou queda no total de precipitações. 
- Além do período seco ter começado em março, tivemos um verão com cerca de 40% de chuvas a menos. As represas e reservatórios não entraram no outono com capacidade máxima - disse o coordenador. 
Segundo a meteorologista Nuri Caldete, do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTec), órgão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), por trás da estiagem, não há nenhuma anomalia climática como El Niño e La Niña. 
- As chuvas estão bem abaixo da média porque há o predomínio de uma massa de ar seco sobre o Sudeste - explicou Caldete. 
De acordo com a meteorologista, a entrada de massas de ar frio provocam a queda da temperatura, mas não chegam a gerar chuvas. 
 

25 de outubro de 1899: Forte temporal no Rio e em São Carlos/SP

Outubro de 1899: Raios causam mortes no estado de SP


Temporal de granizo em Queluz( Vale do Paraíba/SP) em 26 de dezembro de 1889

16 de janeiro de 1962: Mais um dia trágico no Rio, dessa vez com maior terremoto registrado na história





Reportagens sobre tempestade no Rio em 15 de janeiro de 1962







Fonte: Jornal do Brasil

Reportagem muito interessante sobre tempestades no Rio

Vejam essa reportagem do Jornal do Brasil publicada em 17 de janeiro de 1962, onde fazem uma síntese de tempestades que atingiram o Rio em tempos passados.


 

Tempestade de poeira encobriu Brasília ontem à tarde

Depois de 4 meses sem chuva, ontem à tarde o tempo mudou em Brasília, o céu ficou carregado, porém o vento levantou muita poeira e acabou dispersando a chuva, e até choveu em alguns pontos do Distrito Federal, mas não foi suficiente pra acabar com a seca, mais há uma boa notícia, existe expectativa de chuva no dia de hoje e também nos próximos dias em Brasília, portanto o alívio deve vir logo.

Maiores chuvas registradas entre à segunda e terça feira no estado de SP

Fonte: Ciiagro

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ribeirão Preto registra muita chuva nas últimas horas

Desde à noite de ontem, chove sem parar em Ribeirão Preto. E em vários momentos na madrugada a chuva caiu forte, e com isso os acumulados são bem significativos. A média histórica para o mês de setembro é de 50mm, e nas últimas 12 horas a estação do Ipegolfclub já acumulou mais de 60mm, ou seja, esse número representa mais que a chuva de um mês inteiro, e o acumulado mensal até às 10h02min dessa manhã era de 139,2mm, e na estação da Agrosystem o acumulado também é elevado com registrando 36,6mm nas últimas horas. E nesse mês de setembro choveu em Ribeirão Preto nos dias 06, 07, 20 e também nos últimos dias.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Histórico de enchentes no Rio de Janeiro 1711-2003

09/1711 – NATURAL, grandes inundações no Rio de Janeiro.


04/04/1756 – Um grande temporal, precedido por ventos fortes, atingiu o Rio de Janeiro a partir das 13 horas do dia quatro de abril de 1756. Foram três dias consecutivos de fortes chuvas, que provocaram inundações em toda cidade e desabamentos de casas, fazendo inúmeras vítimas. No dia seis de abril, canoas navegavam do Valongo até a Sé.


10/02/1811 – Inundações, a catástrofe que castigou o Rio de Janeiro entre os dias 10 e 17 de fevereiro de 1811 ficou conhecida como “águas do monte”, em virtude da grande violência com que a enxurrada descia dos morros que cercavam a cidade. Grande parte do Morro do Castelo desmoronou, provocando o desabamento de muitas casas. Fala-se em muitas vítimas e enormes prejuízos materiais, mas os verdadeiros números são desconhecidos, pois o jornal da época a Gazeta de Notícias não dava importância a estes acontecimentos, segundo Vieira Fazenda. Tal foi a magnitude deste temporal que o príncipe regente ordenou que as igrejas ficassem abertas para acolher os desabrigados e encomendou estudos sobre as causas da catástrofe. A construção da muralha do Castelo-Fortaleza de São Sebastião foi a solução encontrada para evitar novos desabamentos de casas e mais mortes.


17/03/1906 -  Inundações, conhecido como uma das maiores que castigou a cidade. Naquele dia, 165 mm precipitaram em 24 horas. O transbordamento do Canal do Mangue provocou alagamento em quase toda a cidade e houve desmoronamentos com mortes nos morros de Santa Tereza, Santo Antônio e Gamboa.


03/04/1924 -  Inundações, fortes chuvas provocaram o transbordamento do Canal do Mangue, inundação em vários bairros, além da Praça da Bandeira, e desabamentos de barracos, com vítimas, no Morro de São Carlos.



29/01/1940 -  Inundação, 112 mm causaram alagamentos em quase toda a cidade e mortes por desabamentos no bairro de Santo Cristo.


06/01/1942 - Inundação, 05 mortos, foram 132mm de chuva, com um desabamento que soterrou cinco pessoas no Morro do Salgueiro.

15/01/1962 – Inundação, 25 mortos, centenas e desabrigados, temporal que totalizou 242mm e provocou o transbordamento do Canal do Mangue e do Rio Maracanã e deslizamentos em vários pontos.

02/01/1966 – Enchentes e deslizamentos nos Estados da Guanabara e Rio de Janeiro, 250 mortos, 50.000 desabrigados.


20/01/1967 – Deslizamento, Rua General Glicério, Laranjeiras, 200 mortos, 300 feridos, devido as fortes chuvas, uma casa e dois edifícios foram soterrados entre as ruas Belizário Távora e General Glicério.


20/01/1967 - Enchentes e deslizamentos, nos Estados da Guanabara e Rio de Janeiro, 300 mortos e 25.000 feridos.


03/12/1982- Inundação, 6 mortos, causou deslizamentos no Morro Pau da Bandeira, inundando várias ruas com o transbordamento do Rio Faria-Timbó.


20/03/1983 – Um grande temporal caiu na madrugada de 20 de março de 1983, provocando a desabamento de casas e a morte de 05 (cinco) pessoas em Santa Teresa, onde a chuva atingiu 189 mm. O transbordamento de rios e canais em Jacarepaguá deixou mais de 150 desabrigados.

24/10/1983- Inundação, Rio de Janeiro, 13 mortos, forte temporal, com deslizamento de terra no Morro do Pavãozinho.


26/02/1987 - DESASTRE NATURAL, enchente, Petrópolis, Teresópolis e Rio de Janeiro, 292 mortos, 20000 desabrigados. Em razão destas chuvas que registravam 171 vítimas fatais em Petrópolis e 94 no município do Rio de Janeiro foi decretado nesta o Estado de Emergência e com o agravamento da situação no dia 22 Estado de Calamidade Pública.



01/02/1988 - DESASTRE NATURAL, enchente, Petrópolis, Baixada Fluminense, 277 mortos e 2.000 desabrigados.
12/02/1988 - DESASTRE NATURAL, deslizamento, Morro Dona Marta, Rio de Janeiro, 6 mortos, 40 feridos e 300 desabrigados, uma tela usada em uma obra de contenção de encosta rompeu-se sob o peso do lixo e da lama, acumulados durante uma semana de fortes chuvas. A enxurrada destruiu cerca de 30 barracos.
19/02/1988 - DESASTRE NATURAL, deslizamento, Hospital Santa Genoveva, Rio de Janeiro, 18 mortos, soterramento por pedras oriundas do alto da serra da carioca, as quais atingiram a clínica de pessoas idosas em Santa Tereza.

19/02/1988 - DESASTRE NATURAL, enchente e deslizamento, Rio de Janeiro, 289 mortos, 734 feridos, 18.560 desabrigados, prejuízos US$ 935 milhões.



01/1999 - DESASTRE NATURAL, enchente, Rio de Janeiro e municípios do Vale do Paraíba e região Serrana, 41 mortos, 72 feridos e 180 famílias desabrigadas.
01/2000 - DESASTRE NATURAL, enchente, municípios do Petrópolis, Teresópolis, Casimiro de Abreu e Barra Mansa. 22 mortos, 60 feridos e 133 famílias desabrigadas.
02/2003 - DESASTRE NATURAL, enchente, municípios da Região Serrana, Sul e Norte Fluminense. 36 mortos, 95 feridos e 870 desalojados e 823 desabrigados.
 
   

Fonte: CBMERJ

Precipitação setembro 2008 Capitais

CapitaisPrecipitação (mm) AnomaliaNumero de Dias de ChuvaPeríodo Base de Cálculo para as Anomalias
Aracajú39.4-55.671961 - 1990
Belém109.6-31.2171972 - 1990
Belo Horizonte 99.9+59.481961 - 1990
Boa Vista 136.4----------11----------
Brasília79.9+28.041963 - 1990
Campo Grande --------------------11961 - 1990
Cuiabá------------------------------1961 - 1990
Curitiba44.5-70.9131961 - 1990
Florianópolis230.4+103.6161961 - 1990
Fortaleza0.0-22.8----------1961 - 1990
Goiânia51.8+4.261961 - 1990
João Pessoa86.7+46.0151961 - 1990
Macapá25.2-17.461968 - 1990
Maceió--------------------21968 - 1990
Manaus56.0-27.3111961 - 1990
Natal37.8----------15----------
Palmas12.1----------5----------
Porto Alegre 156.5+17.0111961 - 1990
Porto Velho ------------------------------1961 - 1990
Recife (Curado)47.0-75.5151961 - 1990
Rio (Bangú) 86.8----------12----------
Rio Branco 41.8-54.651961 - 1990
Salvador37.8-74.4121961 - 1990
São Luís0.4-19.621971 - 1990
São Paulo 37.5-43.0111961 - 1990
Teresina 14.4-2.531961 - 1990
Vitória29.2-49.1111961 - 1990