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Fonte: Jornal Última Hora/ Jornal do Brasil.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
18 de março de 1967: Caraguatatuba registrava uma das piores tragédias do Brasil
Em 18 de março, o castigo veio do céu, um TSUNAMI invertido. O sol do meio-dia, tórrido, ardente, foi o prenúncio da chuva. A partir das 13 horas, o céu escureceu, e começa a chover, e a cada hora mais forte, e o temporal despencou, medonho, sobre a cidade. O ribombo de um trovão ecoou, mas, não foi um trovão, caiu uma tromba-d’água na serra, provocando uma avalanche, queda súbita e estrondosa da Serra do do Mar, arrastando, fragmentos de rochas, florestas e tudo que se encontrava pela frente, provocando uma enorme devastação, pegando a população de surpresa, na calada da noite, e transformando a cidade em um mar de lama, troncos e árvores retorcidas, casas destruídas.
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Fonte: Jornal Última Hora/ Jornal do Brasil.
Fonte: Jornal Última Hora/ Jornal do Brasil.
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O posto pluviométrico do bairro Rio do Ouro (Notícia "Bairro Some", acima), prefixo DAEE E2-043, que operou de 1943 a 1971, apresenta os seguintes dados (Entre parênteses, a média aproximada): Dezembro/66, 18 dias de chuva (Total, de chuviscos a chuva forte), 440,7 mm (265); Janeiro/67, 31 dias de chuva, 541,2 mm (280); Fevereiro/67, 27 dias de chuva, 268,6 mm (260); Março/67 (Até dia 18. Depois está sem dados até 31/03), 18 dias de chuva, 415,7 mm (230). Há registros de 50,4 mm de 16 a 17/03 e 195,5 mm de 17 a 18/03, sobre um solo já totalmente encharcado. Segundo notícias da época, fala-se em 200 mortos mas dezenas de desaparecidos jamais foram encontrados, possivelmente arrastados para o mar.
ResponderExcluirEm 1972, na primeira das inúmeras vezes que fui a Caraguatatuba, 5 anos depois do ocorrido, apesar da vegetação estar se recuperando, as cicatrizes na serra ainda eram perfeitamente visíveis.
ResponderExcluirMeus avós moravam na praia Martim de Sá, qdo ocorreu a tragédia em Caraguá. Nada sofreram. Um vizinho (SJCampos), desceu a Serra à pé, desesperado, pois sua mãe, esposa e filhos estavam em Caraguá. Esta semana, após tragédia no Rio, fiquei emocionada, pois "caiu a ficha" que uma das minhas melhores amigas (amizade de + de 30 anos)é uma sobrevivente da tromba d'água em Caraguá. Adolescente na época, contou que correu risco. Graças a Deus, ela não foi vítima fatal e com isso pude conhecê-la e manter essa longa e grande amizade.
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