domingo, 26 de setembro de 2010

Enchentes na capital paulista em janeiro de 1929



O mês de janeiro de 1929, registrou acumulado pluviométrico de 552,3mm na estação da Luz, e 532,7mm na estação meteorológica da Av. Paulista, são dados das duas estações existentes na época na capital e mostram que tecnicamente o janeiro de 1929 foi um dos mais chuvosos da história de São Paulo. E a enchente de janeiro de 1929 foi uma calamidade, onde vejam a palavra de morador na época: " Em 1929, todo o vale do Rio Pinheiros foi inundado e as águas chegaram até a rua Iguatemi, hoje Avenida Faria Lima. O clube ficou todo coberto. A água chegou a 1 metro, 1,20 dentro da minha casa.

Fonte: http://www.ecp.org.br/pdf/revista/130/revista_130_pg54_memoria.pdf

4 comentários:

  1. Existem muitas fotos desta enchente, infelizmente muito poucas disponíveis na internet, que mostram, inclusive, o Vale do Anhangabaú totalmente inundado. Vi muitas, há alguns anos, expostas numa galeria em Sampa.

    ResponderExcluir
  2. A respeito da observação do colega a respeito do Mirante de Santana, eu não sou meteorologista mas me parece que o problema não é a estação em si mas a área em torno. Além de não ser muito grande, a praça onde se localiza a estação é, atualmente, quase totalmente cercada por casas, exceto o lado do muro que aparece nas fotos dos links. Este muro faz limite com área de instalações da SABESP, alguns metros abaixo. A região em torno é completamente urbanizada e sofre um processo de verticalização que se acelerou nos últimos anos. Já há blocos de arranha-céus a cerca de apenas 500 m, em linha reta, da estação. E isto certamente implica em maior aquecimento da área.

    ResponderExcluir
  3. Realmente meu caro amigo Aldo, já ouvi falar dessas fotos da enchente de 1929 numa galeria de exposição, e quanto a localização do Mirante de Santana, muito importante sua opinião, só não vou comentar agora pra não influenciar os votos da enquete, rs, mas quando encerrar a votação eu emitirei a minha opinião. Abraços e tudo de bom!

    ResponderExcluir
  4. Prédios altos a 500 metros numa megacidade como São paulo me parece bastante aceitável, no Rio tem prédios a menos 30 metros e as laterais do próprio prédio onde a estação está bloqueiam completamente a circulação que vem de dois lados da estação, as paredem ficam a 2 metros do abrigo e recebem sol em grande parte do dia. O aumento da urbanização ao redor da estação meteorológica em uma grande cidade é um processo esperado, exemplo de várias outras grandes cidades no mundo onde a urbanização contribuiu para um expressivo aumento das mínimas absolutas (Paris, Londres e Tóquio são cidades onde nos dias de hoje raramnte a temperatura cai para um valor 10ºC ACIMA do recorde de frio), e estas cidades, assim como São Paulo, mantiveram o mínimo que é o ambiente imediato da estação preservado. Claro que é importante também monitorar as áreas mais preservadas, e caso existisse alguma serie longa provavelmente veríamos que o clima aqueceu até no mais remoto recanto da Grande SP, embora menos que na cidade, a diferença é que não existem dados antigos para mostrar que onde fez 0ºC este ano povavelmente ocorriam várias mínimas negativas por ano no passado. Eu considero São Paulo privilegiada, tem uma estação urbana no memso lugar por muitos anos e outra da USP ainda mais antiga num ambiente intermediário entre a cidade e o campo, as duas com uma sólida climatologia, o Rio de Janeiro por outro lado perdeu todas as estações que ajudaram a montar o maior banco de dados meteorológicos do Brasil desde 1851, e qualquer estudo sobre climatologia da cidade que se tente fazer hoje esbarra na inexistência da estação após os anos 90, situação que foi agravada em 2003 com o fechamento da segunda estaçao mais longeva da cidade em Bangu, uma situação calamitosa que deveria deixar os habitantes das capitais vizinhas aliviados; ao contrario do que diz o Tiririca, pior do que está FICA, ou podemos puxar pela velha historia do elefante/cavalo ou o que desejarem na "sala pequena". É natural concluir que o aumento das temperaturas mínimas (principalmente) no Mirante foi influenciado em grande parte pelas mudanças no uso de solo ao redor da estação, óbvio, mas tratar a estação como "horrível" ou "absurda" como se vê por aí é não saber o que fala.

    ResponderExcluir